A probabilidade de duas pessoas terem impressões digitais idênticas é cerca de 1 em 64 bilhões. É por isso que a polícia de diversos países confia tanto em evidências envolvendo impressões digitais.
Apesar dos avanços nas técnicas de detecção de impressões digitais, ainda há muitos problemas. Atualmente, apenas 10% das imagens de impressão digital apresentam qualidade suficiente para permitir a identificação não ambígua de um indivíduo.
Impressões digitais são, essencialmente, depósitos de suor e óleos naturais. As técnicas de visualização tradicionais envolvem aplicar um pó colorido ou um reagente químico que adere ou interage com o resíduo, criando um contraste visual com a superfície onde a impressão digital se encontra.
O pesquisador Robert Hillman e colegas da Universidade de Leicester, Instituto Laue-Langevin e Laboratório Rutherford Appleton propuseram uma abordagem diferente para detectar impressões digitais em superfícies metálicas. Eles decidiram trabalhar com a parte da superfície que se encontra entre as linhas da impressão digital.
O time de cientistas vinha trabalhando com um polímero que muda de cor quando uma voltagem elétrica é aplicada. Os resíduos invisíveis deixados por uma impressão digital não conduzem eletricidade, o que permite depositar um polímero condutor apenas na região entre as linhas da impressão digital. Quando uma voltagem é aplicada, as linhas da impressão digital atuam como isolantes e dirigem o filme para o metal entre as linhas. Além disso, a voltagem muda a cor do filme, otimizando o contraste.
Agora, eles levaram essa técnica mais longe, adicionando moléculas fluorescentes ao polímero, que fazem com que o filme emita luz de uma certa cor quando exposto à luz ultravioleta. Essa técnica aumenta a gama de cores possíveis para o polímero, permitindo um contraste melhor para diferentes superfícies metálicas.
Para a técnica funcionar, os fluoróforos devem permear o filme completamente sem atingir a superfície metálica (na superfície, a fluorescência iria se deteriorar). Para assegurar que isso irá acontecer, os pesquisadores usaram uma técnica chamada de "refletividade de nêutrons". Ela envolve disparar um feixe de nêutrons no filme e medir os nêutrons refletidos. As informações obtidas com essa medida podem ser usadas para determinar as condições ideais para introduzir os fluoróforos.
De acordo com os pesquisadores, esse método de detecção de impressão digital é extremamente sensível e apenas pequenas quantidades de resíduo são necessárias para que ele funcione – muito menos do que as abordagens tradicionais. A técnica também pode ser usada em conjunto com abordagens tradicionais.
No entanto, o método apresenta limitações. A principal delas é que ele só funciona em impressões digitais que se encontram em amostras metálicas.
O trabalho encontra-se na edição de março de 2013 da revista Journal of Electroanalytical Chemistry.
Apesar dos avanços nas técnicas de detecção de impressões digitais, ainda há muitos problemas. Atualmente, apenas 10% das imagens de impressão digital apresentam qualidade suficiente para permitir a identificação não ambígua de um indivíduo.
Impressões digitais são, essencialmente, depósitos de suor e óleos naturais. As técnicas de visualização tradicionais envolvem aplicar um pó colorido ou um reagente químico que adere ou interage com o resíduo, criando um contraste visual com a superfície onde a impressão digital se encontra.
O pesquisador Robert Hillman e colegas da Universidade de Leicester, Instituto Laue-Langevin e Laboratório Rutherford Appleton propuseram uma abordagem diferente para detectar impressões digitais em superfícies metálicas. Eles decidiram trabalhar com a parte da superfície que se encontra entre as linhas da impressão digital.
O time de cientistas vinha trabalhando com um polímero que muda de cor quando uma voltagem elétrica é aplicada. Os resíduos invisíveis deixados por uma impressão digital não conduzem eletricidade, o que permite depositar um polímero condutor apenas na região entre as linhas da impressão digital. Quando uma voltagem é aplicada, as linhas da impressão digital atuam como isolantes e dirigem o filme para o metal entre as linhas. Além disso, a voltagem muda a cor do filme, otimizando o contraste.
Agora, eles levaram essa técnica mais longe, adicionando moléculas fluorescentes ao polímero, que fazem com que o filme emita luz de uma certa cor quando exposto à luz ultravioleta. Essa técnica aumenta a gama de cores possíveis para o polímero, permitindo um contraste melhor para diferentes superfícies metálicas.
Para a técnica funcionar, os fluoróforos devem permear o filme completamente sem atingir a superfície metálica (na superfície, a fluorescência iria se deteriorar). Para assegurar que isso irá acontecer, os pesquisadores usaram uma técnica chamada de "refletividade de nêutrons". Ela envolve disparar um feixe de nêutrons no filme e medir os nêutrons refletidos. As informações obtidas com essa medida podem ser usadas para determinar as condições ideais para introduzir os fluoróforos.
De acordo com os pesquisadores, esse método de detecção de impressão digital é extremamente sensível e apenas pequenas quantidades de resíduo são necessárias para que ele funcione – muito menos do que as abordagens tradicionais. A técnica também pode ser usada em conjunto com abordagens tradicionais.
No entanto, o método apresenta limitações. A principal delas é que ele só funciona em impressões digitais que se encontram em amostras metálicas.
O trabalho encontra-se na edição de março de 2013 da revista Journal of Electroanalytical Chemistry.
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