A cultura secular já acreditava que uma
massagem terapêutica bem feita é um ótimo remédio para a reabilitação física do
tecido muscular esquelético, melhorando a dor e promovendo a recuperação da lesão. Entretanto, muitos profissionais da saúde ainda viam a massagem com certa desconfiança. No entanto, o efeito benéfico da massagem terapêutica nas lesões musculares induzidas por exercícios físicos teve comprovação científica.
O projeto desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Canadá e dos Estados Unidos, publicado em fevereiro de 2012 na revista científica
Science Translational Medicine, traz uma explicação científica para a eficácia da massagem no alívio das dores e recuperação dos danos musculares. Segundo os pesquisadores, a explicação encontra-se em nível celular, relacionada ao “ligamento” e “desligamento” de
genes.
Para a realização do estudo, os pesquisadores contaram com a ajuda de onze voluntários, que estiveram no laboratório duas vezes, sendo que a segunda visita aconteceu duas semanas após a primeira. Os voluntários seguiram algumas recomendações antes de realizarem os ensaios, para que não houvesse interferências nos resultados. Duas horas antes das atividades físicas, eles receberam uma alimentação controlada, contendo 355 kcal. A imagem ao lado mostra como o experimento foi realizado.
A
biópsia foi feita do músculo anterior da coxa, o
quadríceps, em três ocasiões: na primeira visita, 30 minutos e 3 horas após o exercício, como você pode observar na imagem ao lado.
Os resultados confirmaram o que os pesquisadores já sabiam: após a realização de exercícios até a exaustão, as células musculares apresentam respostas inflamatórias e de autorreparo das lesões musculares. O que foi novidade para o grupo de pesquisa foi o fato de existirem diferenças na expressão de alguns genes quando comparado o músculo sem tratamento com o tratado (massagem).
Segundo Mark A. Tarnopolsky, cientista que coordenou a pesquisa, os resultados sugerem que os efeitos positivos da massagem terapêutica são decorrentes da diminuição na expressão de genes que estão relacionados ao processo inflamatório, reduzindo a dor local através de mecanismos similares aos desencadeados pelo uso de alguns anti-inflamatórios. Além disso, eles observaram também melhor reparação tecidual dos músculos que foram massageados, através de intensa formação de mitocôndrias.
Quanto à crença de que a massagem ajudaria nas lesões pelo fato de difundir, para outras regiões, o
ácido láctico formado durante a atividade física, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência.
Esses resultados comprovam os efeitos biológicos da massagem terapêutica na musculatura esquelética e fornece evidências de que terapias manipulativas alternativas podem ser justificáveis na aplicação médica. Mais estudos precisarão ser realizados para compreender melhor como são desencadeadas essas reações e quais outros benefícios podem ser extraídos das massagens terapêuticas.
A massagem é aplicada sobre tecidos macios do corpo, estimulando a circulação, a mobilidade, a elasticidade e o alívio de dores corporais
A cultura secular já acreditava que uma massagem terapêutica bem feita é um ótimo remédio para a reabilitação física do tecido muscular esquelético, melhorando a dor e promovendo a recuperação da lesão. Entretanto, muitos profissionais da saúde ainda viam a massagem com certa desconfiança. No entanto, o efeito benéfico da massagem terapêutica nas lesões musculares induzidas por exercícios físicos teve comprovação científica.
O projeto desenvolvido por um grupo de pesquisadores do Canadá e dos Estados Unidos, publicado em fevereiro de 2012 na revista científica
Science Translational Medicine, traz uma explicação científica para a eficácia da massagem no alívio das dores e recuperação dos danos musculares. Segundo os pesquisadores, a explicação encontra-se em nível celular, relacionada ao “ligamento” e “desligamento” de genes.
Adaptado do artigo original publicado na revista Science Translational Medicine
Para a realização do estudo, os pesquisadores contaram com a ajuda de onze voluntários, que estiveram no laboratório duas vezes, sendo que a segunda visita aconteceu duas semanas após a primeira. Os voluntários seguiram algumas recomendações antes de realizarem os ensaios, para que não houvesse interferências nos resultados. Duas horas antes das atividades físicas, eles receberam uma alimentação controlada, contendo 355 kcal. A imagem ao lado mostra como o experimento foi realizado.
A
biópsia foi feita do músculo anterior da coxa, o quadríceps, em três ocasiões: na primeira visita, 30 minutos e 3 horas após o exercício, como você pode observar na imagem ao lado.
Os resultados confirmaram o que os pesquisadores já sabiam: após a realização de exercícios até a exaustão, as células musculares apresentam respostas inflamatórias e de autorreparo das lesões musculares. O que foi novidade para o grupo de pesquisa foi o fato de existirem diferenças na expressão de alguns genes quando comparado o músculo sem tratamento com o tratado (massagem).
Segundo Mark A. Tarnopolsky, cientista que coordenou a pesquisa, os resultados sugerem que os efeitos positivos da massagem terapêutica são decorrentes da diminuição na expressão de genes que estão relacionados ao processo inflamatório, reduzindo a dor local através de mecanismos similares aos desencadeados pelo uso de alguns anti-inflamatórios. Além disso, eles observaram também melhor reparação tecidual dos músculos que foram massageados, através de intensa formação de mitocôndrias.
Quanto à crença de que a massagem ajudaria nas lesões pelo fato de difundir, para outras regiões, o
ácido láctico formado durante a atividade física, os pesquisadores não encontraram nenhuma evidência.
Esses resultados comprovam os efeitos biológicos da massagem terapêutica na musculatura esquelética e fornece evidências de que terapias manipulativas alternativas podem ser justificáveis na aplicação médica. Mais estudos precisarão ser realizados para compreender melhor como são desencadeadas essas reações e quais outros benefícios podem ser extraídos das massagens terapêuticas.
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