domingo, 16 de junho de 2013

Desvendando o inconsciente humano

 
Centenas de pesquisadores dedicam boa parte de suas vidas tentando descobrir o que realmente acontece com nosso inconsciente e como essa parte do cérebro pode controlar tantas atividades distintas ao mesmo tempo. Segundo neurocientistas do mundo todo, a ciência já conhece vários aspectos do inconsciente e pode, de certa forma, manipulá-lo de alguma forma.
Em 2012, a emissora de televisão BBC entrevistou sete especialistas em cérebro e cognição das universidades de Columbia, Londres, Montreal e Oxford, perguntando a eles, dentre outras questões, qual é o espaço ocupado pelos processos cerebrais inconscientes e conscientes. Pelas estimativas dos neurocientistas, 95% do cérebro é usado por processos inconscientes, restando apenas 5% para os processos conscientes.

Graças a um estudo feito com um médico que havia sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (derrame cerebral) e que teve o córtex visual totalmente destruído, os pesquisadores descobriram que o inconsciente era responsável pela identificação e distinção de rostos amigáveis de rostos hostis. Mesmo sem enxergar absolutamente nada, o médico era capaz de identificar as expressões faciais mostradas em um computador. Através de análises, os pesquisadores descobriram a existência de uma área, denominada fusiforme, intacta no paciente, que é especializada na análise de rostos. Essa análise é feita de forma inconsciente e não depende da interpretação do córtex visual.

Essas descobertas estão se tornando possíveis graças às avançadas técnicas usadas pelos neurocientistas. Através das análises do mapeamento cerebral, pode-se concluir, por exemplo, que o inconsciente opera o tempo todo em capacidade máxima, ou seja, tudo o que fazemos sem esforço perceptível em nosso dia a dia é controlado pelo nosso inconsciente, que trabalha freneticamente mesmo quando estamos relaxados.

Apesar de os neurocientistas nunca terem dado muita atenção para a psicanálise, os novos projetos que vêm sendo desenvolvidos trazem comprovação para seu conceito central. Eric Kandel, psiquiatra que ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2000, mostrou como o inconsciente é capaz de funcionar como amplificador das emoções. Para ele, seu trabalho é uma comprovação científica da teoria central da psicanálise: a interpretação inconsciente de coisas negativas é a fonte de muitas das aflições humanas. Esse fato explicaria, por exemplo, por que alunos que eram tidos como mais inteligentes, mesmo sem serem, tornavam-se mais inteligente de fato. Isso aconteceria, segundo ele, porque os professores passam a dar mais atenção, mesmo sem querer, a essas crianças, estimulando-as de forma positiva.

A parte mais interessante das descobertas recentes é que, segundo os neurocientistas, apesar de ser impossível controlar o inconsciente, é possível influenciá-lo. Para que isso se torne verdade, basta praticar algo até que essa atividade se torne um processo automático e seja gravado num tipo especial de memória, a memória não-declarativa, que faz parte do inconsciente.
O cérebro ainda é uma grande incógnita para os pesquisadores
Centenas de pesquisadores dedicam boa parte de suas vidas tentando descobrir o que realmente acontece com nosso inconsciente e como essa parte do cérebro pode controlar tantas atividades distintas ao mesmo tempo. Segundo neurocientistas do mundo todo, a ciência já conhece vários aspectos do inconsciente e pode, de certa forma, manipulá-lo de alguma forma.
 Em 2012, a emissora de televisão BBC entrevistou sete especialistas em cérebro e cognição das universidades de Columbia, Londres, Montreal e Oxford, perguntando a eles, dentre outras questões, qual é o espaço ocupado pelos processos cerebrais inconscientes e conscientes. Pelas estimativas dos neurocientistas, 95% do cérebro é usado por processos inconscientes, restando apenas 5% para os processos conscientes.
Graças a um estudo feito com um médico que havia sofrido dois acidentes vasculares cerebrais (derrame cerebral) e que teve o córtex visual totalmente destruído, os pesquisadores descobriram que o inconsciente era responsável pela identificação e distinção de rostos amigáveis de rostos hostis. Mesmo sem enxergar absolutamente nada, o médico era capaz de identificar as expressões faciais mostradas em um computador. Através de análises, os pesquisadores descobriram a existência de uma área, denominada fusiforme, intacta no paciente, que é especializada na análise de rostos. Essa análise é feita de forma inconsciente e não depende da interpretação do córtex visual.
 Essas descobertas estão se tornando possíveis graças às avançadas técnicas usadas pelos neurocientistas. Através das análises do mapeamento cerebral, pode-se concluir, por exemplo, que o inconsciente opera o tempo todo em capacidade máxima, ou seja, tudo o que fazemos sem esforço perceptível em nosso dia a dia é controlado pelo nosso inconsciente, que trabalha freneticamente mesmo quando estamos relaxados.
Eric Kandel: Prêmio Nobel de Medicina em 2000
Apesar de os neurocientistas nunca terem dado muita atenção para a psicanálise, os novos projetos que vêm sendo desenvolvidos trazem comprovação para seu conceito central. Eric Kandel, psiquiatra que ganhou o prêmio Nobel de Medicina em 2000, mostrou como o inconsciente é capaz de funcionar como amplificador das emoções. Para ele, seu trabalho é uma comprovação científica da teoria central da psicanálise: a interpretação inconsciente de coisas negativas é a fonte de muitas das aflições humanas. Esse fato explicaria, por exemplo, por que alunos que eram tidos como mais inteligentes, mesmo sem serem, tornavam-se mais inteligente de fato. Isso aconteceria, segundo ele, porque os professores passam a dar mais atenção, mesmo sem querer, a essas crianças, estimulando-as de forma positiva.
 A parte mais interessante das descobertas recentes é que, segundo os neurocientistas, apesar de ser impossível controlar o inconsciente, é possível influenciá-lo. Para que isso se torne verdade, basta praticar algo até que essa atividade se torne um processo automático e seja gravado num tipo especial de memória, a memória não-declarativa, que faz parte do inconsciente.

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