Pesquisadores de Campinas colocam matemática e tecnologia a serviço do futebol
Quem disse que ciência e esporte não combinam? O matemático Laércio Vendite e a bióloga Denise Vaz, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas, sabem que os dois combinam sim, e muito bem. Eles lideram estudos que usam a matemática e a tecnologia para melhorar o desempenho dos jogadores de dois times paulistas, Ponte Preta e Mogi Mirim.

Usando dados estatísticos, o time do Ponte Preta monta um plano de estratégias a serem utilizadas em cada jogo (Foto: Guilherme Dorigatti)
Segundo o pesquisador, depois de identificar os padrões de atuação da equipe, é possível aperfeiçoar a ação do time. “Depois de uma partida, nós, junto com a comissão técnica, fazemos um relatório onde se define todos os problemas da equipe durante o jogo. Os treinamentos seguintes são baseados nas tentativas de corrigir esses erros”, explica.
Tecnologia em campo
Se a matemática ajuda o desempenho da Ponte Preta, a tecnologia é aliada do Mogi Mirim. Denise lidera um estudo que usa aparelhos de GPS e um software especial para registrar a movimentação dos jogadores em campo, o que permite avaliar o time e sugerir mudanças estratégicas.

No time do Mogi Mirim, cada jogador carrega consigo um aparelho de GPS, que registra o quanto ele correu e se cansou em campo (Foto: Adaptado de Pano e Papel / Flickr / CC BY 2.0)
Assim, é possível definir o descanso necessário para cada atleta. Por exemplo, ao saber que um jogador titular está mais cansado, o técnico precisa planejar sua recuperação de modo a preparar a equipe para os jogos futuros.
Agora, os torcedores de plantão devem estar se perguntando: os métodos funcionam mesmo? Bem, os dois times foram bem colocados no Campeonato Paulista, mas não foram campeões. Será que a ciência pode ajudá-los a alcançar o título no próximo ano?
Fernanda Távora, estagiária da CHC impressa e online
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