domingo, 30 de junho de 2013

10 cientistas mais importantes de todos os tempos

Eles tiveram ideias e fizeram descobertas que transformaram o mundo. Seus pensamentos explicaram desde o funcionamento das forças que regem o cosmo até o que acontece no nosso corpo e mente. Graças a eles o ser humano conseguiu compreender e dominar muitos aspectos da natureza, de coisas que antes eram atribuídas à vontade de deuses ou demônios. Entre todos os cientistas que ao longo da história têm contribuído para isso alguns destacam-se por sua genialidade. Eles são os cientistas mais influentes de todos os tempos.
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© istockphoto/Jose A.Santiso
Foi principalmente desde o fim da Idade Média que a humanidade começou a desenvolver uma concepção científica do mundo. Naqueles tempos, a ideia de que há leis na natureza que regem todos os fenômenos começou a se sobrepor a superstições e ao medo da magia. A matemática, que vinha se desenvolvendo desde o antigo Egito, foi a base das descobertas extraordinárias que começaram a acontecer. Os responsáveis por isso foram homens que usaram a ciência para iluminar os caminhos da civilização, com conquistas tecnológicas, médicas e sociais, entre outras, praticamente inimagináveis há apenas alguns séculos. Conheça nas páginas a seguir quem são dez dos mais influentes cientistas de todos os tempos, apresentados em ordem cronológica.

Nicolau Copérnico (1473-1543)

Nicolau Copérnico
© iStockphoto.com /GeorgiosArt
A partir de suas observações do céu a olho nu, pois a luneta ainda não havia sido inventada, o polonês Nicolau Copérnico fez uma descoberta que causou a primeira grande revolução em nossa concepção do universo. Estudioso de astronomia, matemática e medicina, ele escreveu "Sobre as Revoluções das Esferas Celestes", na qual afirmou que a Terra gira em torno de seu próprio eixo uma vez por dia e em torno do Sol uma vez por ano. Numa época em que os dogmas da então poderosa Igreja Católica afirmavam que a Terra ficava parada no espaço e era o centro do universo, a descoberta de Copérnico era fantástica e ousada. Sua concepção de heliocentrismo, ainda que imperfeita, pois previa órbitas circulares dos planetas em torno do Sol, quando na verdade elas são elípticas, iniciou um fabuloso processo de descobertas astronômicas e físicas nas décadas a seguir.

Galileu Galilei (1564-1642)


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© istockphoto.com / Steven Wynn
O italiano Galileu Galilei foi um dos primeiros a perceber como a matemática aplicada aos fenômenos naturais nos propicia um poder extraordinário para compreender o que acontece no cosmo. Algumas décadas depois de Copérnico ter concebido o sistema heliocêntrico, Galilei o confirmou após dedicar sua vida à pesquisa, à observação dos planetas, aos cálculos e ao aperfeiçoamento do telescópio. Além da concepção heliocêntrica, Galilei cometeria outra heresia ao contestar os pensamentos inquestionáveis de Aristóteles sobre o movimento. Mas foi sua afirmação de que a Terra, assim como os outros planetas conhecidos, giravam em torno do Sol que o levou ao tribunal da Santa Inquisição. Para escapar da morte na fogueira, Galilei assinou uma declaração na qual se considerava um pecador por tal afirmação. No entanto, após tê-la assinado, ele teria murmurado: "Mas ela gira".

Johannes Kepler (1571-1628)

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Reprodução
Kepler mostrou que a órbita dos planetas ao redor do Sol é elíptica
Contemporâneo de Galileu Galilei, Kepler foi responsável por descobrir que a volta que os planetas dão em torno do Sol é elíptica e não circular como acreditavam Copérnico e Galilei. Sua dedicação à matemática euclidiana era tal que afirmou: "a geometria é Deus". O talento matemático do alemão Kepler o levou a trabalhar ao lado do nobre dinamarquês e matemático imperial Tycho Brahe. O dinamarquês possuía observações astronômicas muito mais precisas do que qualquer um naquela época e elas foram fundamentais para as conclusões de Kepler. O movimento orbital de Marte, observado por Brahe, levou Kepler a descobrir que as órbitas dos planetas em torno do Sol eram elípticas. E ele foi além. O alemão desenvolveu as três leis fundamentais dos movimentos planetários e com isso fundou a astronomia moderna.


 Isaac Newton (1642-1727)

Isaac Newton
© istockphoto.com / Steven Wynn
O legado de Copérnico, Galilei e Kepler foi fundamental para que o inglês Isaac Newton desenvolvesse suas ideias sobre gravitação universal, uma audaciosa suposição que mudou o destino da ciência. Ainda jovem, Newton desenvolveu o cálculo, uma das mais importantes áreas da matemática moderna, além de ter elaborado o conceito de força e a teoria mecânica. O cálculo possibilitou a Newton ter as técnicas necessárias para suas descobertas a respeito da gravidade. A primeira de suas três famosas leis diz que um corpo permanece em repouso ou em movimento uniforme ao longo de uma linha reta, a menos que sofra ação de uma força externa (lei da inércia). A segunda afirma que o efeito de uma força contínua sobre um corpo inicialmente em repouso ou em movimento uniforme é fazê-lo acelerar. E a terceira diz que se um corpo exerce uma força sobre o outro, o segundo exercerá ao mesmo tempo força oposta e da mesma intensidade sobre o primeiro. Newton, ao combinar teoria mecânica e matemática, explicou como o mundo funciona e como é possível calcular o que acontece nele.

 Antoine Lavoisier (1743-1794)

Antoine Lavoisier
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Apesar de cursar direito na faculdade, eram as aulas de ciência que interessavam ao nobre francês Antoine Lavoisier. Foi esse interesse que o levou a escrever "Tratado Elementar da Química", obra que marcou a fundação da química moderna. Sua contribuição mais famosa e importante é a lei da conservação da matéria, na qual afirma que na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. O cientista foi responsável também por elaborar a nomenclatura das substâncias químicas e pela descoberta de que a água é uma substância composta, formada por hidrogênio e oxigênio, uma afirmação que contrariava um dos princípios aristotélicos até então em vigor, que pressupunha que a água era uma substância impossível de se decompor. Ligado à nobreza e ao governo monárquico, Lavoisier foi morto na guilhotina durante a Revolução Francesa.

 Charles Darwin (1809-1882)

Darwin
Reprodução
Antes dele, a ciência já havia mostrado que a Terra não era o centro do universo. Com as descobertas de Charles Darwin um novo e definitivo golpe foi desferido nos dogmas religiosos e nos mitos de criação divina do cosmo e do ser humano. Se dependesse de seu pai, Darwin teria concluído os cursos de medicina ou teologia, mas o interesse do inglês por botânica o fez embarcar na expedição que o navio HSM Beagle fez para a América do Sul, numa missão de pesquisa científica. Foi durante essa viagem que ele fez as observações que o levariam a desenvolver a revolucionaria teoria da evolução das espécies. Suas conclusões mostravam que a humanidade era somente um passo a mais num processo evolutivo de sobrevivência e de seleção natural. Até hoje a ideia de que o homem descende do macaco é a mais ousada já desenvolvida pela ciência. A revolução que colocava o ser humano no seu devido lugar no universo, iniciada por Copérnico, estava concluída com a publicação de “Sobre a origem das espécies por meio da seleção natural”, de Charles Darwin.

 Louis Pasteur (1822-1895)

Louis Pasteur
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Sua descoberta da ação dos microorganismos teve impactante consequência tanto na química como na medicina. O francês Louis Pasteur ao investigar os processos de fermentação do vinho e da cerveja descobriu que eles ocorriam devido a ação de microorganismos que se encontram no ar. Isso o fez compreender que os microorganismos eram responsáveis também por moléstias contagiosas. As descobertas de Pasteur o levaram a criar métodos para evitar a ação desses nocivos agentes externos tanto nos alimentos, com a criação do processo de pasteurização, como nos seres humanos, com o desenvolvimento de medidas profiláticas na medicina e a criação das vacinas, como a anti-rábica. A contribuição de Pasteur possibilitou estabelecer uma nova e melhor perspectiva de vida para a humanidade.
 
Sigmund Freud (1856-1939)

The Mind of Freud
Reprodução
No final do século 19, o homem já conhecia bastante sobre o funcionamento do universo e do corpo humano. Mas não sabia muito sobre a principal ferramenta que utilizava nessas descobertas: a mente. Graças às investigações científicas experimentais de um médico neurologista austríaco isso mudou radicalmente. Sigmund Freud desenvolveu um conjunto de teorias e práticas clínicas para compreender os problemas mentais que nos afligem. O resultado foi a criação da psicanálise, ao mesmo tempo campo de estudo e tratamento que mostram que são fatores psicológicos e não orgânicos os causadores de muitos males que acometem a mente humana. O desenvolvimento da psicanálise por Freud possibilitou o tratamento de uma série de desordens mentais, como histerias, neuroses e depressões. Suas descobertas e pensamentos influenciaram boa parte da produção intelectual, das ciências humanas às artes, desde o início do século 20.
 

Albert Einstein (1879-1955)


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Imagem cedida 2006 SmugMug, Inc.
Quando Albert Einstein nasceu fazia quase dois séculos que Isaac Newton havia provado que tempo e espaço eram absolutos e não tinham nenhuma relação com coisas exteriores. Desde então acreditava-se que o tempo fluía de modo equitativo e o espaço permanecia sempre semelhante e inamovível. Essas certezas cairiam por terra com as ideias de Einstein. O cientista alemão supôs que não há nada que se possa chamar de movimento absoluto. Segundo Einstein, toda velocidade é relativa ao referencial específico que a define. Assim, se há movimento relativo, o tempo e o espaço se tornam relativos e o tempo é tão intrinsecamente ligado ao espaço que se torna uma quarta dimensão dele. Com sua Teoria da Relatividade, Einstein provocou uma revolução na nossa visão sobre o universo. Suas ideias anunciaram o fim da física clássica e o início da era da física quântica e da energia nuclear.

Niels Bohr (1885-1962)

Nesta simples imagem de um átomo, é possível ver os elétrons existentes em órbitas separadas como Bohr imaginou.
© How Stuff Works
Nesta simples imagem de um átomo,
é possível ver os elétrons existentes em órbitas separadas como Bohr imaginou
Ele solucionou um dos maiores enigmas da ciência: o da estrutura atômica. E fez isso ao usar um então inovador campo do conhecimento científico: a física quântica. O dinamarquês Niels Bohr, ganhador do Nobel de Física de 1922, começou suas revolucionárias descobertas ainda jovem. Quando estudava na Universidade de Copenhague, Bohr compreendeu em um de seus experimentos que as regras da física clássica não se aplicavam aos níveis subatômicos. Segundo ele, para entender o que acontecia dentro de um átomo, era necessário desenvolver uma nova física. Ao aplicar a teoria quântica do alemão Max Planck, Bohr mostrou que ela era essencial para explicar os fenômenos subatômicos. Suas descobertas levaram ao desenvolvimento da mecânica quântica e à precisa explicação do que acontecia numa fissão nuclear.

 Sílvio Anaz

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