sábado, 4 de maio de 2013

Dois planetas habitáveis foram encontrados

 
Descoberta reacende debate sobre a possibilidade de vida fora da Terra.



Os roteiros de filmes de ficção científica estão recheados de mundos extraterrestres habitados por outros seres. Às vezes, esses seres alienígenas são tão inteligentes que chegam à Terra e entram em contato com os humanos. Embora a trama desses filmes seja apenas uma elaborada fantasia, não podemos deixar de nos perguntar se há alguma vida fora da Terra.

A busca por vida extraterrestre não está restrita apenas a esses filmes: há diversos cientistas que se devotam a isso. Uma das estratégias empregadas pelos pesquisadores é buscar planetas localizados em uma “zona habitável” - esse é o nome dado para uma região em torno de uma estrela onde a água líquida pode ser encontrada. Como a nossa constituição necessita de água líquida, espera-se que outras formas de vida também necessitem dela.

Neste mês de abril de 2013, os astrônomos encontraram dois planetas que são fortes candidatos a possuir vida. Eles se encontram ao redor da estrela Kepler- 62 e parecem ser planetas rochosos. Essa descoberta foi feita pela equipe do satélite Kepler, caçador de planetas da Nasa, e foi publicada na revista Science.

Os pesquisadores identificaram cinco planetas ao redor da estrela e as seguintes informações:
  • A estrela possui apenas 63% do diâmetro do Sol;
  • Quatro dos seus planetas têm diâmetro de até duas vezes o terrestre, e um possui diâmetro do tamanho de Marte, ou seja, é menor que a Terra.
  • Os três planetas mais internos são quentes demais para abrigar vida. Já os dois mais externos, Kepler-62e e Kepler-62f, têm suas órbitas na zona habitável do sistema.


Acredita-se que esses planetas sejam rochosos, mas uma medida definitiva ainda precisa ser feita. Para determinar se um planeta é rochoso, como a Terra, ou gasoso, como Netuno, é necessário conhecer sua densidade. Para isso, é preciso medir o diâmetro do planeta e a sua massa. O satélite Kepler conseguiu medir com precisão o diâmetro dos planetas (ele conseguiu ver os planetas passando em frente à sua estrela). Já a massa pode ser determinada vendo a influência dos planetas no movimento da estrela. Infelizmente esses planetas são muito pequenos para que esse método possa identificar a sua massa com precisão. Embora a composição desses mundos ainda seja desconhecida, os pesquisadores citam outros planetas com diâmetro similar que tiveram sua densidade medida (três casos no total) para argumentar que Kepler-62e e Kepler-62f provavelmente sejam rochosos.

Há outra vantagem nesses planetas que o tornam locais interessantes para o desenvolvimento de vida: eles rotacionam enquanto executam o movimento de translação ao redor da estrela. É comum que planetas que se encontram muito próximos de sua estrela mantenham a mesma face voltada para a estrela o tempo todo (como a nossa Lua mantém a mesma face voltada para a Terra). Com isso, um lado do planeta fica muito mais quente do que o outro, mas não é o que acontece com esses planetas!

Em suma, esses dois mundos sobem direto para o topo da lista de planetas com potencial para desenvolver vida, embora rigorosamente nada se possa dizer a esse respeito - salvo que, em teoria, eles podem abrigar água líquida na superfície. Por isso, apesar do entusiasmo, os cientistas são muito cautelosos no parágrafo final de seu artigo científico: "Não sabemos se Kepler-62e e -62f têm uma composição rochosa, uma atmosfera ou água. Até que consigamos detectar espectros adequados de suas atmosferas, não poderemos determinar se eles são de fato habitáveis."
Ainda assim, é impossível não se empolgar com a possibilidade.
Descoberta reacende debate sobre a possibilidade de vida fora da Terra.
 Os roteiros de filmes de ficção científica estão recheados de mundos extraterrestres habitados por outros seres. Às vezes, esses seres alienígenas são tão inteligentes que chegam à Terra e entram em contato com os humanos. Embora a trama desses filmes seja apenas uma elaborada fantasia, não podemos deixar de nos perguntar se há alguma vida fora da Terra.

A busca por vida extraterrestre não está restrita apenas a esses filmes: há diversos cientistas que se devotam a isso. Uma das estratégias empregadas pelos pesquisadores é buscar planeta localizados em uma “zona habitável” - esse é o nome dado para uma região em torno de uma estrela onde a água líquida pode ser encontrada. Como a nossa constituição necessita de água líquida, espera-se que outras formas de vida também necessitem dela.

Neste mês de abril de 2013, os astrônomos encontraram dois planetas que são fortes candidatos a possuir vida. Eles se encontram ao redor da estrela Kepler- 62 e parecem ser planetas rochosos. Essa descoberta foi feita pela equipe do satélite Kepler, caçador de planetas da Nasa, e foi publicada na revista Science

Os pesquisadores identificaram cinco planetas ao redor da estrela e as seguintes informações:
  • A estrela possui apenas 63% do diâmetro do Sol.;
  • Quatro dos seus planetas têm diâmetro de até duas vezes o terrestre, e um possui diâmetro do tamanho de Marte, ou seja, é menor que a Terra.
  • Os três planetas mais internos são quentes demais para abrigar vida. Já os dois mais externos, Kepler-62e e Kepler-62f, têm suas órbitas na zona habitável do sistema.
Acredita-se que esses planetas sejam rochosos, mas uma medida definitiva ainda precisa ser feita. Para determinar se um planeta é rochoso, como a Terra, ou gasoso, como Netuno, é necessário conhecer suadensidade. Para isso, é preciso medir o diâmetro do planeta e a sua massa. O satélite Kepler conseguiu medir com precisão o diâmetro dos planetas (ele conseguiu ver os planetas passando em frente à sua estrela). Já a massa pode ser determinada vendo a influência dos planetas no movimento da estrela. Infelizmente esses planetas são muito pequenos para que esse método possa identificar a sua massa com precisão. Embora a composição desses mundos ainda seja desconhecida, os pesquisadores citam outros planetas com diâmetro similar que tiveram sua densidade medida (três casos no total) para argumentar que Kepler-62e e Kepler-62f provavelmente sejam rochoso.
Há outra vantagem nesses planetas que o tornam locais interessantes para o desenvolvimento de vida: eles rotacionam enquanto executam o movimento de translação ao redor da estrela. É comum que planetas que se encontram muito próximos de sua estrela mantenham a mesma face voltada para a estrela o tempo todo (como a nossa Lua mantém a mesma face voltada para a Terra). Com isso, um lado do planeta fica muito mais quente do que o outro, mas não é o que acontece com esses planetas!
Concepção artística do planeta Kepler 62f
Em suma, esses dois mundos sobem direto para o topo da lista de planetas com potencial para desenvolver vida, embora rigorosamente nada se possa dizer a esse respeito - salvo que, em teoria, eles podem abrigar água líquida na superfície. Por isso, apesar do entusiasmo, os cientistas são muito cautelosos no parágrafo final de seu artigo científico: "Não sabemos se Kepler-62e e -62f têm uma composição rochosa, uma atmosfera ou água. Até que consigamos detectar espectros adequados de suas atmosferas, não poderemos determinar se eles são de fato habitáveis."
Ainda assim, é impossível não se empolgar com a possibilidade.

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