quarta-feira, 26 de junho de 2013

Telhados verdes ajudam a preservar biodiversidade em áreas urbanas

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A principal descoberta foi a presença de 109 espécies diferentes de fungos nos telhados. – Foto: Payton Chung/Flickr
A eficiência dos telhados verdes para o controle da temperatura interna e global já é bastante conhecida. Agora, um grupo de pesquisadores norte-americanos decidiu estudar o seu impacto na biodiversidade, até então um mistério.
Os cientistas fazem parte de quatro instituições: Barnard College, Columbia University, Fordham e Universidade do Colorado. Em seus estudos, os pesquisadores perceberam que os jardins plantados em telhados podem suportar espécies diferentes dos jardins localizados ao nível da rua.
O grupo começou a fazer testes em 2011 e, desde então, foram analisadas as composições do solo em dez telhados verdes espalhados por cinco distritos de Nova York. Para mensurar as diferenças, eles também coletaram amostras de parques localizados nas proximidades dos telhados verdes.
A principal divergência entre os cenários é a presença massiva de fungos nos “jardins suspensos”. Conforme publicado no site “The Atlantic Cities”, a principal descoberta foi a presença de 109 espécies diferentes de fungos nos telhados. Apesar de parecer estranho, esse é um dos pontos positivos dessas áreas verdes, pois contribui para a biodiversidade em meio às cidades.
Outro benefício percebido pelos pesquisadores é a relação com os poluentes. Nos parques analisados, os níveis de micróbios e metais presentes foram considerados altos, isso pode tornar as hortas urbanas cultivadas nesses locais impróprias para o consumo. Esse é um problema que os cultivos nos telhados não têm.
Essas áreas verdes também atraem diversas espécies. Os insetos são os mais comuns, mas existem casos de animais maiores, como répteis, morcegos e diversas aves. Um caso curioso ocorreu em Brighton, no Reino Unido. Gaivotas e cervos acabaram destruindo parte da grama do telhado em busca de comida, então, uma grande coruja e uma águia dourada foram usadas para espantar esses animais.
Texto originalmente postado no Ciclo Vivo Criado, em 6 de junho de 2013.

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