Segundo pesquisa da Universidade da Flórida, maioria das pessoas é capaz de entender as expressões dos cães
Courtesy Keith Reynolds of Barnwood Gallery, Utica Pennsylvania/Tina Bloom |
O pastor-belga Mal feliz, triste e com medo (da esquerda para a direita) |
Basta olhar para o rosto de uma pessoa para presumir o que ela está sentindo ou pensando. A empatia, como é chamada a habilidade de distinguir e fazer suposições sobre o que se passa na mente alheia, demanda circuitos neurais sofisticados e tem papel-chave, por exemplo, na socialização, na criação de vínculos e na aquisição de cultura. E essa capacidade, segundo pesquisadores da Universidadeda Flórida, não se restringe a teorizar apenas sobre os membros da nossa espécie – em estudo publicado no European Journal of Social Psychology, eles mostram que a maioria das pessoas é capaz de interpretar o que os cães estão sentindo.
No experimento, os psicólogos despertaram algumas emoções em Mal, um pastor-belga adestrado pela polícia local. Para isso, deram remédio de sabor desagradável, brincaram com ele, fingiram repreendê-lo e simularam um assalto. A intenção era provocar no animal reações de nojo, alegria, medo, agressividade, enquanto filmavam e fotografavam suas expressões. Em seguida, com a ajuda de especialistas em comportamento canino, os pesquisadores selecionaram fotos para serem mostradas a 50 voluntários, metade deles “inexperiente” com cães, isto é, não convivia diariamente com ao menos um.
Ao contrário do esperado, a capacidade de interpretar as expressões de Mal diferiu pouco entre os dois grupos de voluntários. Curiosamente, os menos experientes com cães foram ligeiramente mais hábeis em identificar agressividade. Na média geral, mais de 80% das pessoas acertaram quando o animal estava alegre (feição marcada pela língua de fora e as orelhas em pé); quase metade distinguiu o medo; 37% e 13% identificaram, respectivamente, tristeza e nojo.
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