Quem nunca atribuiu os eventos catástroficos cotidianos à Lei de Murphy, que atire a primeira torrada! Pode ser que você não acerte o alvo, porém, ela certamente cairá com a manteiga para baixo. E a culpa, claro, será de Murphy.Segundo o pesquisador Robert Matthews, da Universidade de Aston, a culpa pelo azar de alguns eventos é única e exclusivamente da matemática e isso se comprova através de sua afirmação
“se alguma coisa puder dar errado, ela dará, e a culpa é simplesmente da matemática”.
Antes de comprovarmos tal afirmação, vamos entender o início e os princípios da lei de Murphy. A história começa no fim da década de 1940, na base aérea americana da Califórnia. Nessa época, uma equipe liderada pelo médico John Paul Stapp fazia experimentos para medir o impacto da
gravidade sobre o corpo humano. Por muito tempo as aeronaves americanas foram construídas mediante os valores encontrados nas experiências feitas pela equipe de Stapp, porém, alguns acidentes indicaram a crer que os valores estavam super estimados.
Diante desse cenário, um jovem capitão se dispôs a fazer os testes em si mesmo - até então eles eram feitos em bonecos. Para isso, quatro sensores fixados no corpo do capitão seriam os responsáveis por essas novas medições, as quais seriam interpretadas por
Edwards Murphy Jr.
Como você já deve ter previsto, algo ruim aconteceu: para azar do grupo, os sensores foram fixados de forma errada e, ao término dos testes, nenhum valor foi obtido. Muito irritado com esse erro, Murphy declarou:
“se existem duas ou mais formas de se fazer uma tarefa e uma delas puder provocar um desastre, alguém irá adotá-lá”. Essa afirmação tão simples foi dita por Stapp durante uma coletivade imprensa, tornando-se uma lei que determina que, se algo puder dar errado, dará.
Porém, para o físico Robert Mattews, não existe espaço para superstições quando a matemática têm respostas para esses questionamentos. Seu estudo sobre o assunto foi chamado de Matemática do Azar, e ela responde a alguns eventos do nosso dia a dia:
a) Por que sempre escolhemos a fila mais lenta no supermercado?
A resposta para essa pergunta é muito simples. Segundo o físico, se há 5 filas em um supermercado e apenas 1 está rápida, a
probabilidade de escolhermos a fila rápida é apenas 1/5 , ou seja, 20%. E a probabilidade de escolhermos qualquer fila que esteja mais lenta é de 4/5, ou seja, 80%. Portanto, a culpa pela fila estar mais lenta é da probabilidade, e não de Murphy. Além disso, ele também argumenta que a sensação de ser ultrapassado é mais significativa para nosso cérebro do que a de deixar outra pessoa para trás.
b) Por que, ao escolher um par de meias em uma gaveta, escolhemos aquelas que não formam o par?
A
análise combinatória tem a resposta para essa pergunta. Se em sua gaveta há 10 meias, ou seja, 5 pares, ao escolher aleatoriamente 1 meia, a probabilidade de escolher o outro par dessa meia é 1 em 9 meias, ou seja, 1/9 = 11%. E a probabilidade de escolher aquela que não é o par é 8/9 = 89%. Observe que a probabilidade de escolher a meia que não é par é muito maior que de se escolher aquela que formaria o par.
c) Por que, quando derrubamos uma torrada no chão, ela cai com a manteiga virada para o chão?
Para muitos pesquisadores essa afirmação é um absurdo, pois a probabilidade de a manteiga cair virada para o chão é igual a de não cair: 50% de chance. A culpa pela queda da torrada virada com a manteiga para baixo é da
gravidade e da altura da mesa. Ao cair da mesa (que possui uma altura média), a torrada não terá tempo nem energia para uma volta de 360° sobre seu eixo.
Portanto, antes de culpar Murphy por seus desastres cotidianos, tente entender a matemática por trás desse tamanho “azar”.
Atire a primeira torrada
Quem nunca atribuiu os eventos catástroficos cotidianos à Lei de Murphy, que atire a primeira torrada! Pode ser que você não acerte o alvo, porém, ela certamente cairá com a manteiga para baixo. E a culpa, claro, será de Murphy.
Segundo o pesquisador Robert Matthews, da Universidade de Aston, a culpa pelo azar de alguns eventos é única e exclusivamente da matemática e isso se comprova através de sua afirmação
“se alguma coisa puder dar errado, ela dará, e a culpa é simplesmente da matemática”.
Antes de comprovarmos tal afirmação, vamos entender o início e os princípios da lei de Murphy. A história começa no fim da década de 1940, na base aérea americana da Califórnia. Nessa época, uma equipe liderada pelo médico John Paul Stapp fazia experimentos para medir o impacto da gravidade sobre o corpo humano. Por muito tempo as aeronaves americanas foram construídas mediante os valores encontrados nas experiências feitas pela equipe de Stapp, porém, alguns acidentes indicaram a crer que os valores estavam super estimados.
Diante desse cenário, um jovem capitão se dispôs a fazer os testes em si mesmo - até então eles eram feitos em bonecos. Para isso, quatro sensores fixados no corpo do capitão seriam os responsáveis por essas novas medições, as quais seriam interpretadas por
Edwards Murphy Jr.
Como você já deve ter previsto, algo ruim aconteceu: para azar do grupo, os sensores foram fixados de forma errada e, ao término dos testes, nenhum valor foi obtido. Muito irritado com esse erro, Murphy declarou:
“se existem duas ou mais formas de se fazer uma tarefa e uma delas puder provocar um desastre, alguém irá adotá-lá”. Essa afirmação tão simples foi dita por Stapp durante uma coletivade imprensa, tornando-se uma lei que determina que, se algo puder dar errado, dará.
Porém, para o físico Robert Mattews, não existe espaço para superstições quando a matemática têm respostas para esses questionamentos. Seu estudo sobre o assunto foi chamado de Matemática do Azar, e ela responde a alguns eventos do nosso dia a dia:
a) Por que sempre escolhemos a fila mais lenta no supermercado?
A resposta para essa pergunta é muito simples. Segundo o físico, se há 5 filas em um supermercado e apenas 1 está rápida, a probabilidade de escolhermos a fila rápida é apenas 1/5 , ou seja, 20%. E a probabilidade de escolhermos qualquer fila que esteja mais lenta é de 4/5, ou seja, 80%. Portanto, a culpa pela fila estar mais lenta é da probabilidade, e não de Murphy. Além disso, ele também argumenta que a sensação de ser ultrapassado é mais significativa para nosso cérebro do que a de deixar outra pessoa para trás.
b) Por que, ao escolher um par de meias em uma gaveta, escolhemos aquelas que não formam o par?
A análise combinatória tem a resposta para essa pergunta. Se em sua gaveta há 10 meias, ou seja, 5 pares, ao escolher aleatoriamente 1 meia, a probabilidade de escolher o outro par dessa meia é 1 em 9 meias, ou seja, 1/9 = 11%. E a probabilidade de escolher aquela que não é o par é 8/9 = 89%. Observe que a probabilidade de escolher a meia que não é par é muito maior que de se escolher aquela que formaria o par.
c) Por que, quando derrubamos uma torrada no chão, ela cai com a manteiga virada para o chão?
Para muitos pesquisadores essa afirmação é um absurdo, pois a probabilidade de a manteiga cair virada para o chão é igual a de não cair: 50% de chance. A culpa pela queda da torrada virada com a manteiga para baixo é da gravidade e da altura da mesa. Ao cair da mesa (que possui uma altura média), a torrada não terá tempo nem energia para uma volta de 360° sobre seu eixo.
Portanto, antes de culpar Murphy por seus desastres cotidianos, tente entender a matemática por trás desse tamanho “azar”.
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