terça-feira, 12 de março de 2013

Laser, o raio da vida!


Após Theodore Mainman construir o primeiro laser, em 1960, a ficção científica tratou logo de popularizá-lo!
No cinema, a espada de luz usada pelo simpático mestre Jedai Yoda, em Guerra nas Estrelas, é uma imagem marcante. Também há inúmeras cenas de batalhas espaciais entre naves e suas armas laser. Provavelmente, por isto o laser ficou conhecido como o “raio da morte”. Felizmente, com o passar do tempo, este brilhante dispositivo apresentou outras aplicações.

Hoje em dia, “laser pointers” são encontrados em comércios populares e vendidos como se fossem brinquedos.
Você sabe o que é um laser, afinal? O nome vem de uma
expressão, em inglês, que significa “Amplificação de Luz por Emissão Estimulada”. De uma forma simples, este é um processo no qual, em circunstâncias apropriadas, um fóton, incidindo em um átomo, pode estimular a emissão de muitos outros fótons e assim gerar um potente feixe de luz.

Em 1916, Albert Einstein propôs uma teoria que previa tal fenômeno, mas que não parecia ter grandes aplicações. Durante a Segunda Guerra Mundial, o físico Charles Townes, ao especializar-se no estudo de radares e de micro-ondas, acabou percebendo que esta teoria poderia ser útil. Usando o processo de emissão estimulada para radiações micro-ondas ele criou o primeiro MASER.


Num primeiro momento, de fato, as pesquisas bélicas se aproveitaram destes resultados na busca de novas armas. O uso de miras laser acabou então se popularizando.

E olha aí, de novo, o cinema ajudando na divulgação. Quantas cenas de filmes mostram a arma do vilão fazendo uma pequena marca vermelha na testa do mocinho, antes do disparo? Aliás, armas de brinquedo com um pequeno laser também foram um sucesso de vendas.

Os cientistas, entretanto, buscaram outras aplicações para esse feixe de características tão diferentes da luz comum. Por ser um feixe de luz muito bem direcionado e de alta intensidade, o Laser logo passou a ser usado na Medicina. Primeiramente, para cirurgias oftalmológicas, que hoje são tão populares. Em questão de minutos, o paciente livra-se de uma miopia ou catarata! Depois, passou a ser usado em todas as especialidades, principalmente, eliminado pequenos tumores ou cistos. E o avanço continua, hoje existe até um bisturi laser que, por cortar e cauterizar ao mesmo tempo, diminui o risco de hemorragias. Até dentistas já se utilizam dele para tratar cáries e diminuir a dor dos pacientes.


As indústrias também se aproveitaram destas características e o utilizam para realizar cortes precisos. Além disso, existe uma série de aplicações mais próximas do cotidiano das pessoas, como o leitor de cd do seu computador. Ou mesmo o leitor de códigos de barras de um supermercado que, aliás, permitiu a diminuição de filas nos caixas que antes tinham que digitar um a um os preços dos produtos.

Será que Einstein, Townes e Mainman pensaram que seus trabalhos iriam revolucionar tanto assim a sociedade contemporânea? Provavelmente não! Quando surgiu, dizia-se que o laser "era uma solução esperando por um problema". E apesar de, inicialmente, os olhares terem se voltado apenas para o desenvolvimento de armas, a realidade se mostrou muito mais agradável. O laser tornou-se o raio da vida!

 

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